sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

tempo.

o anseio do ministério sem nome
ter o eterno e sentir sua ausência
lança-nos ao dissabor da falência
paradoxo brutal que a fé consome
o que nos prende a tal absurda fome?
a distorção da natural essência do tempo vítima, sem existência
serve ao desejo sem ter quem o dome
mas a graça única do Cordeiro, que a altivez humana ao pó reduz
uniu-nos com tempo verdadeiro
pois antes mesmo da formação da luz
à salvar do destino derradeiro
fez-se o brado: haja cruz! e houve cruz.

(felipe valente)

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